O Jiu-Jitsu sempre será um fator de união entre as pessoas, não importa o país ou o idioma. Como professor, muitas vezes consigo unir seminários de Jiu-Jitsu a uma viagem de surf, além de conhecer melhor a cultura local. Por conta do Jiu-Jitsu, logo muitas amizades são feitas e um sentimento de “estou em casa” chega rápido. Desde o café da manhã no bar, chegando na academia ou indo surfar, são cumprimentos e acenos de mãos. É impressionante como a luta aproxima rapidamente as pessoas.
A vontade dos praticantes locais em saber da nossa história, desde o Mestre Carlos Gracie até os dias de hoje, sempre rendem muitas conversas e perguntas. A capacidade agregadora do Jiu-Jitsu é fantástica. Nos países que tive oportunidade de viajar dando seminários, a interação é total. Rapidamente você faz amigos, é perceptível a vontade do pessoal local em te ajudar, dando dicas, conselhos e informações. Até mesmo em lugares onde o idioma é uma barreira forte, como na Hungria, onde estive no ano passado. Mas mesmo assim, o esforço em manter uma conversação era mútuo. O domínio da língua inglesa não era homogêneo, mas por gestos e repetições você mostra posições, movimentos e por muitas vezes numa conversa você podia ouvir inglês e francês, já que húngaro é impossível.
Em outros países de línguas latinas, são mais fáceis, mas independentemente do idioma, quando se tem boa vontade, se dá um jeito. Por conta de treinos, lutadores locais me levaram a bons picos de surf na Costa Rica, conheci lugares do litoral de Portugal lindos. O interior da Hungria é muito maneiro, cada país que eu fui conheci, os lugares levados pelos meus amigos de treinos, tenho a certeza que sozinho não chegaria neles. Todos esses ganhos de viver com os locais e com a cultura local, são presentes que a nossa arte suave proporciona. Pelas amizades formadas nos tatames.
O Jiu-Jitsu conquistou o mundo, e projetou o Brasil de maneira positiva. Nossa arte marcial une pessoas em uma confraria que permite uma grande rede social que te ajuda em tudo. Sempre vi o Jiu-Jitsu como uma filosofia de vida, e a cada viagem minha, percebo o alcance que ele proporciona a nós professores e lutadores pelo mundo. Ter o Jiu-Jitsu em nossas vidas é como uma credencial, um passaporte, que te abre portas e constrói pontes a lugares que sem elas não teríamos acessos. Mas ao mesmo tempo em que nos beneficiamos do Jiu-Jitsu, todos nós praticantes do BJJ somos “embaixadores” da nossa arte marcial. Somos admirados pela nossa técnica, mas também somos observados em nossa conduta, educação e respeito à cultura local. Ensinar e lutar com respeito com todos. Quanto mais representarmos bem nossa arte suave, com atitudes e uma conduta correta, mais o mundo será receptivo a todos os lutadores e/ou professores.
Somos brasileiros praticantes de Jiu-Jitsu e é isso que importa onde estivermos. Do mesmo jeito que o futebol brasileiro encantou o mundo nas décadas de 50, 60 e 70. Hoje é o nosso Jiu-Jitsu que fascina, e temos que fortalecer sempre essa imagem onde estivermos no mundo. O Jiu-Jitsu é uma bandeira, um escudo que levamos e temos que ser lembrados sempre pelos motivos certos. A cada viagem que faço fortalece a minha convicção que para o Jiu-Jitsu não existem fronteiras geográficas, políticas, étnicas, religiosas ou raciais.
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